sexta-feira, 26 de abril de 2013

França


Fico muito feliz por, a seguir à Nova Zelândia, a França se juntar aos países em que o casamento entre pessoas do mesmo sexo é uma realidade. Porém, imagens como estas deixam-me com o coração apertado. Não consigo compreender como é que uma lei como esta pode gerar tanto ódio, tanta raiva, tanto confronto. Não compreendo como é que, por mais divergente que sejam as opiniões, ocorram confrontos com a polícia até de madrugada por causa de uma lei que não vai influenciar a vida de nenhuma destas pessoas. Não interfere com a sua felicidade, o seu percurso, a sua escolha. Apenas dá direitos a mais pessoas, sem tirar a outros. Como é possível?! Live and let live.
Na nossa viagem a França, tive de perguntar a quem tem vivido isto no local qual o impacto destas manifestações, visto que, como sabemos, a comunicação social tende a distorcer sempre um pouco. Boas notícias: apesar de vermos aquela quantidade de pessoas na rua, o número não é significativo tendo em conta a população francesa. A grande maioria desvaloriza estas manifestações porque, acima de tudo, estão as três palavras que marcaram a revolução francesa e que estão muito presentes na filosofia do país: liberté, égalité, fraternité. Festejemos então, sem medo, a igualdade!


Orquídea

3 comentários:

um quarto para duas disse...

Ainda ontem escrevi no facebook do blog sobre isto. Fiquei mesmo triste e não consigo perceber o porquê de tanto ódio. Uma noticia que tinha tudo para ser boa (e continua a ter, claro!), manchada com actos de violência. É pena.

Segredos de Alguém disse...

Porque as pessoas continuam a revoltar-se contra o amor em vez de se preocuparem com a fome. E pq? Porque a ignorancia n permite mais... (e é apenas revoltante)

Carla |O| disse...

As imagens que vi hoje das manifestações também não mostram muita gente. Há sempre quem use todo e qualquer pretexto como motivo para a violência e os que estavam na rua em manifestação contra o casamento também estariam se uma lei de protecção da imigração tivesse sido aprovada. O importante é que a França deu um passo em frente e que o ideal cada vez mais mítico - no sentido em que é raro - da Igualdade, Fraternidade e Solidariedade foi assim cumprido.